Classificação das imagens de satélite utilizadas no Cadastro Ambiental Rural (CAR): estudo de caso no município de Parobé - RS
Palavras-chave:
Parobé, Análise de imagens, Sensoriamento RemotoResumo
Introdução: A histórica supressão da vegetação nativa visando a implantação de usos econômicos da terra (agricultura, pecuária, mineração) e o avanço das geotecnologias, tornou cada vez mais importante planejar racionalmente a ocupação e o uso territorial. É nesse contexto que surge o CAR (Cadastro Ambiental Rural) como um mecanismo de promoção da sustentabilidade ambiental, sancionado pelo Novo Código Florestal Brasileiro (Lei 12.651/2012). Objeto: Dessa forma, esta pesquisa tem por objetivo avaliar de que forma as imagens utilizadas para a geração da base de homologação do CAR, referentes aos anos 2008 e 2011, são eficazes para o mapeamento ambiental, analisando o município de Parobé, no Rio Grande do Sul. Metodologia: As análises temporais das imagens, usando o município de Parobé como estudo de caso, foram divididas em dois grupos: o primeiro comparou imagens dos anos de 2008 e 2011 (conforme sancionado no código florestal) e o segundo grupo analisou imagens dos anos de 1985 e 2015 (para que houvesse uma maior abrangência temporal para comparação dos resultados). Resultado: Os resultados obtidos demonstram que entre os anos de 2008 e 2011 as áreas antropizadas de Parobé diminuíram 1%, à medida que as áreas com vegetação nativa tiveram um crescimento de 11% nesse período. No período entre 1985 e 2015, houve uma diminuição de 6% nas áreas antropizadas e as áreas de vegetação nativa se mantiveram em ambos os anos ocupando 21% do município. O CAR é de extrema importância para a sociedade, pois facilita o mapeamento das propriedades rurais, auxilia no controle do desmatamento e da localização das reservas legais, além de incentivar o crescimento econômico através das atividades legais dentro da propriedade. O município de Parobé está à frente da média brasileira em relação à qualidade do planejamento ambiental. Conclusões: Esse resultado é expresso pelos índices de desmatamento da vegetação nativa quase nulos ao longo de 30 anos.
Downloads
Referências
Araújo, S. M. & Juras, I. A. (2012). Debate sobre a nova lei florestal: análise dos textos aprovados na câmara e no senado. In Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável (Org.), Código Florestal e a ciência : o que nossos legisladores ainda precisam saber (pp. 105–116). Comitê Brasil. http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_criminal/Boas_praticas/Relacao_Projetos/projetoflorestar1/revista_codigo_florestal_e_a_ciencia.pdf
Attanasio, M. R. (2006). O dever de elaboração e implementação do zoneamento ecológico-econômico e a efetividade do licenciamento ambiental. Revista de Direito Ambiental, 11(43), 203–221.
Bacha, C. J. (2005). Eficácia da política de reserva legal no Brasil. Revista Teoria e Evidência Econômica, Passo Fundo, 13(25), 9–2. https://seer.upf.br/index.php/rtee/issue/view/496
MMA. (2015). Geo Catálogo: Acesso às imagens RapidEye. Disponível em http://geocatalogo.ibama.gov.br/
Borges, L. A. (2013). Seminário de Atualização sobre o Novo Código Florestal. UFLA.
Delalibera, H. C., Weirich, P. H., Lopes, A. R. C. & Rocha, C. H. (2008). Alocação de reserva legal em propriedades rurais: do cartesiano ao holístico. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, 12(3), 286–292. https://doi.org/10.1590/S1415-43662008000300010
Farinaci, J. S., Ferreira, L. C. & Batistella, M. (2013). Transição florestal e modernização ecológica: a eucaliptocultura para além do bem e do mal. Ambiente & Sociedade, 16(2), 25–46. https://doi.org/10.1590/S1414-753X2013000200003
Gonçalves, A. B., Marcatti, G. E., Ribeiro, C. A., Soares, V. P., Meira, J. A., Leite, H., Gleriani, J. & Lana, V. (2012). Mapeamento das Áreas de Preservação Permanente e identificação dos conflitos de uso da terra na sub-bacia hidrográfica do rio Camapuã/Brumado. Revista Árvore, Viçosa/MG, 36(4), 759–766. https://doi.org/10.1590/S0100-67622012000400017
Hasenack, H. & Weber, E. (org). (2010). Base Cartográfica vetorial contínua do Rio Grande do Sul – escala 1:50.000. UFRGS-IB-Centro de Ecologia.
Hasenack, H., Weber, E. & Valdameri, R. (2007). Análise de vulnerabilidade de um parque urbano através de módulos de apoio à decisão em sistemas de informação geográfica. UFRGS. Disponível em http://multimidia.ufrgs.br/conteudo/labgeo-ecologia/Arquivos/Publicacoes/Congressos/1998/Hasenack_et_al_1998_Vulnerabilidade_parque_SIG.pdf
INPE. (2009). Divisão de geração de imagens (DGI). Disponível em http://www.dgi.inpe.br/siteDgi/ATUS_LandSat.php
Moran, E. F. & Ostrom, E. (2009). Ecossistemas Florestais: Interação homem ambiente. SENAC.
Oliveira, M. Z., Veronez, M. R., Thum, A. B., Reinhardt, A. O., Baretta, L., Valles, T. H. A., Zardo, D. & Silveira, L. K. (2007). Delimitação de Áreas de Preservação Permanente: um Estudo de caso através de imagem de satélite de alta resolução associada a um Sistema de Informação Geográfica (SIG). INPE.
Prefeitura Municipal de Parobé. (2013). A cidade. Disponivel em https://parobe.atende.net/cidadao
Ravikanth, G., Shaanker, R. & Ganeshaiah, K. N. (2013). Conservation status of forests in India: A cause for worry? Journal of the Indian Institute of Science, 80(6), 591–600. http://journal.library.iisc.ernet.in/index.php/iisc/article/view/830
República Federativa do Brasil. Ministério da Justicia e Segurança Pública. (2012). Lei nº 12.651. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa. Código Florestal Brasileiro. Diário Oficial da União, 25 de maio de 2012. https://www.gov.br/mj/pt-br/acesso-a-informacao/atuacao-internacional/legislacao-traduzida/lei-no-12-651-de-25-de-maio-de-2012-senasp_esp-docx.pdf
Ribeiro, C. A., Soares, V. P., Oliveira, A. M. & Gleriani, J. (2005). O desafio da delimitação de áreas de preservação permanente. Revista Árvore, 29(2), 203–212. https://doi.org/10.1590/S0100-67622005000200004
Waskow, R. (2013). Avaliação das áreas de preservação permanente de recursos hídricos lóticos em zona rural: subsídios para conservação e recuperação através de um programa de pagamento por serviços ambientais, São Lourenço do Sul, RS [Trabalho de conclusão de curso, Centro Universitário La Salle]. Unisalle. Disponível em http://biblioteca.unilasalle.edu.br/docs_online/tcc/graduacao/engenharia_ambiental/2013/rpwaskow.pdf

Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Você tem o direito de:
- Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato
- O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve atribuir o devido crédito , fornecer um link para a licença, e indicar se foram feitas alterações . Você pode fazê-lo de qualquer forma razoável, mas não de uma forma que sugira que o licenciante o apoia ou aprova o seu uso.
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais .
- SemDerivações — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, não pode distribuir o material modificado.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.